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Notas desafinadas num dia de Sol

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Ao sentar-me, reparo que por ali vagueiam, pernas desfalecidas, arrastadas numa cadência "assincopada", o centro de gravidade à muito que desceu para o nível da possível locomoção, o deambular torna-se o preâmbulo da meu atentar. Do outro lado, não sei se da colina se da rua, vislumbro um brasileiro tridente, das suas abauladas guitarras soltam-se pedaços de uma melodia, que viajou todo o atlântico para repousar nas exaladas moléculas de "ozônio". "O" Álvaro de Campos ao meu lado sentado, desafina os pensamentos,  e acompanha com o olhar o "escangalhado" turista Russo. Do alto dos seus aproximados 90 anos, reparo na senhora, que disputa a luta cerrada entre a compostura e a descompustura, imposta pela "muleta" que de um amarelado impõe o que parece um desconforto, no alvo branco da indumentária saída de um estendal de bairro, passado com a memória do carvão e o vapor do eléctrico ferro importado de uma China, já não distante. Junta-

"Proteoglicanas sintetizadas"

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...na viagem reparo que na minha rectaguarda, segue o indicador famigerado de um qualquer Sr. Condutor, o mesmo vasculha todo o seu orifício nasal em busca do ambicionado gelatinoso e ressequido muco, retido, preso pela ausência de humidade. A luta intensifica-se e a abordagem torna-se uma questão de orgulho pessoal, a angulagem do já obliquo indicador revolta-se contra a revolta de uma não conseguida caça. Após a aplicação, de uma pressão carregada de um prazeroso ódio, encontram-se finalmente o indicador e o seu " Proteoglicana ", juntos iniciam a viagem para o merecido descanso, unidos torna-se necessário o festejo inerente á vitória, é nesta fase que o polegar vem imiscuir-se, inicia-se então o processo de moldagem do qual resulta a irregular esfera pronta a ser despojada do seu inexistente propósito. De uma queda descolada aloja-se entre o tapete e o mundo exterior para que possa fundir-se com o seu mundo.