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noradrenalina

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      "...possui efeito inotrópico positivo para a capacidade de aumentar a força de contração do coração, capacidade de ficar em alerta e ter boa memória (Russel, 2019)"  Vagueamos do alto dos cerca de 5000 metros de altitude do acampamento base do monte Evereste, até ao profundo Golfo da Tailândia, descolamos das térmicas, enrolados na vontade de chegar longe, tão longe quanto a asa nos permita, aceleramos por pedras e penhascos nas rodas do vento, tudo para sorver um pouco do néctar eletroencefálico. Potenciamos o risco, adequamos a nossa prática, apenas para que as suprarrenais nos produzam o combustível de acesso ao olimpo da existência! É vicio, é pecado é pulsão de arcaboiço social, no fundo é interno ao ser, que possamos produzir toda a noradrenalina necessária para que cumpra o propósito de ser a força motriz da centelha existencial. 

A amizade na terceira infância

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A amizade na terceira infância, é a fundação preparatória, para todas as relações que possam advir ao longo das nossas vidas. Saímos do egocentrismo para um operatório concreto Piagetiano, deixamos de pensar no eu, para valorizar o tu e a importância desse tu no estrutura do eu! Materializamos na percepção mental os perfeitos contornos dos problemas vivenciais. Na terceira infância deixamos o animismo que possa habitar nos tapetes dos nossos quartos escuros, para personificar a vitória sobre a resolução da problemática aritmética da paixão e do amor. Que venham as amizades construtivistas, que sejam sinérgicas e aglutinadoras, para que a vida ganhe a robustez necessária e afaste toda e qualquer compensação mental e o ajuste e a harmonização façam parte do perfeito imperfeito sujeito.  

Pulsões

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De quantas pulsões necessitamos para que a vida faça  sentido?  Digo pulsões, para não descrever a maça proibida que existe dentro da nossa personificação em Eva. O consumo de pulsões tem a sua regulação no trato que fazemos com o Deus de todas as coisas, uma das peculiaridades deste Deus é o poder do Superego, que reprime, comprime e constringe a beleza do reflexo circunstancial da faceta rosada da dita maça. - Consome tantas maças quantas o teu arcaboiço existencial permita, diz a serpente do pináculo do seu Id! Deglute a cor a textura a profundidade, consome-a de forma exacerbada, para que não reste caroço, nem de Adão nem para Adão. Homem sai do paraíso e vagueia pelo mundo numa bamba corda, periclitante, exposta aos ventos e tempestades e regula, segura, atenta acima de tudo para a serpente que rasteja do fundo das tuas entranhas, deixando que Deus te dê as crenças, quais tampas emocionais, quais razões sentimentais. Terá Freud visitado o paraíso? Ou terá na "Gênese" do

O livro o filho e a árvore

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Corria o ano de 1969 e da voz da Simone era expelido com silvos de raiva "quem faz um filho fá-lo por gosto", os cavalos do regime rapidamente se alinharam e num feroz trote, atacaram mais do que a música a ideia da liberdade de poder ser e viver sendo. A ideia do prazer era abominável para um inquisitivo regime, o objetivo era a estupidificação de um povo. E foi ao ouvir a Desfolhada que me deixei vaguear pela ideia tão subjacente de que a existência de um qualquer ser humano só se completa com a santíssima trindade térrea. Deixei-me interrogar pela essência da ideia e rapidamente fui aconchegar-me nos braços do perpetuar da espécie, resume-se a algo tão simples? Inquieto-me com a simplicidade e sou impelido a mergulhar num atroz conteúdo, Darwin leva-nos a crer que vivemos para existir, Nietzsche por seu lado direciona-nos para acreditar que existimos para viver, então o filho é de Darwin e o livro é de Nietzsche no entanto onde posicionamos a árvore? O filho é o re

Mãos

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Ao meu lado direito, o corpo afunda no assento, o peso do cansaço por certo fez sucumbir o que restava de vivacidade, não lhe conheço a graça, nem tão pouco a essência da existência. A minha atenção recai sobre as mãos, se existe coisa que observo desde os primórdios da minha história são as mãos. A minha avó diria: -"tem umas mãos tão mimosas!", de repente transporto a mente para tempos idos, em que as primas de Lisboa traziam tais mãos à província, nunca entendi o mistério que estava na génese de tamanha angelical limpeza e cristalinidade, por certo, pensava eu, as águas da cidade transportavam na tubagem produtos futuristas de limpeza, bastaria um banho e também eu poderia carregar mãos daquela perfeita natureza. As mãos que viajavam ao meu lado, deveriam ter sucumbido ás águas da cidade, pois apresentavam o toque do rigor, a delicadeza ao projectado olhar, tal como as mãos das primas de Lisboa, num instante regresso ás minhas, essas nunca brilharam, mantiveram por um

Caminhos

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Ao vaguear por diversos caminhos, tenho-me deparado com superfícies nem sempre regulares, os obstáculos amontoam-se, acabando por grande parte das vezes, trucidar as falanges, que ao colocarem-se a jeito, embatem nestas mesmas superfícies. "-Agora também escarras?" A pergunta entrou como uma flecha afiada, direta ao epicentro do entendimento, modelado pela personalidade vigente. Quem és e porque tens expectoração? Nunca havia questionado o porquê! Mas a insistência para que entrasse em profunda reflexão, levou a um caminho sem retorno. Afinal no início da minha viagem fui concebido sem preconceitos, sem medos, sem alegrias nem tristezas repentinas, fui concebido para aglotinar em mim todos os sonhos do mundo. A viagem foi sendo percorrida e os preconceitos chegariam, os medos entraram sem pedir licença e aos poucos os sentimentos vieram sentar-se no anfiteatro da vida, observando cada peça representada pelos músculos emocionais, por vezes choro por vezes rio e sim por ve